A consulta particular costuma ser menos frequente do que o desejado em muitos consultórios. Isso ocorre devido ao foco no atendimento de convênios, além das limitações éticas impostas às ações de marketing — comuns em estratégias com características mais comerciais.
Mas é possível atrair mais pacientes com o perfil de consultas particulares e, ao mesmo tempo, manter o volume de atendimento a beneficiários dos planos de saúde e uma conduta adequada à profissão. Afinal, trata-se de algo importante do ponto de vista social, humano e para a reputação dos médicos ou das clínicas.
Continue a leitura e confira nossas sugestões para ajudar você a superar esse desafio!
1. Elabore um atendimento voltado à consulta particular
“Um paciente que busca o atendimento particular é pouco paciente”. Essa frase tem um pouco de humor sarcástico, mas ajuda a gravar em definitivo a ideia de que a tolerância com atrasos é menor em um atendimento particular, por exemplo.
Isso não significa que eventuais demoras causadas por emergências médicas não sejam justificadas, tampouco que seja preciso adotar o atendimento de uma clínica de medicina estética de alto luxo.
A questão é que, para atrair qualquer perfil de público, em qualquer atividade, o primeiro passo é conhecer as expectativas desse grupo de pessoas e se esforçar para atendê-las. Caso contrário, é até possível atrair novas pessoas no curto prazo, mas elas não serão fidelizadas e muito menos falarão bem do atendimento que receberam, causando um efeito negativo no futuro.
2. Considere os novos hábitos dos pacientes
Todo profissional de saúde já se deparou com o “paciente doutor”. Ele sente um mal-estar, pega o celular e faz uma pesquisa no Google, digitando “dor na barriga febre gosto ruim o que e”, por exemplo. Assim mesmo, sem vírgulas, acentos e interrogações!
Essa consulta vai ser respondida com causas como dengue, gastroenterite, problemas no fígado e outras possibilidades. Depois de certo aprofundamento nas primeiras respostas em que clicar, o paciente vai sortear sua preferida e chegar ao consultório médico com um diagnóstico.
Esse comportamento é carregado de problemas, especialmente a possibilidade de automedicação, mas se trata de uma realidade. Ele demonstra que existe espaço para informar aos pacientes sobre diversos problemas — mais do que isso, há uma necessidade de produzir conteúdo útil, educativo e responsável.
Ao mesmo tempo, tal interação é um meio de aproximação com os pacientes. Vários colegas médicos mantêm canais digitais, como no YouTube, em blogs e nas redes sociais, e são verdadeiras celebridades. Você pode não desejar esse tipo de exposição, mas é importante pensar sobre um formato de presença digital que garanta a construção de uma reputação online.
3. Desenvolva um plano estruturado
Com base nessas possibilidades, em um profundo conhecimento sobre os pacientes e no detalhamento de seus objetivos, é o momento de elaborar um plano. Preferencialmente, busque especialistas capazes de auxiliar com conhecimento sobre a realidade dos consultórios (e não apenas de marketing).
Independentemente dessa colaboração, o segredo está em oferecer o atendimento esperado pelos pacientes nas consultas particulares, além de desenvolver ações e um bom plano para comunicar isso — com respeito à ética médica e aos pacientes.
O planejamento é fundamental, pois estrutura, dinamiza e elabora um conjunto de práticas, ações, métodos ou estratégias que funcionam de modo sistêmico complementar e dinâmico. Desse ponto de vista, não é uma ou outra ação que vai trazer um bom resultado, mas a forma como as estratégias combinam e se complementam.
Por fim, considere que, independentemente das ações definidas para estimular a consulta particular, é fundamental medir os resultados com base em dados precisos. Como em um diagnóstico médico, eles ajudam a identificar problemas e apontam o que precisa ser feito para corrigi-los, melhorando continuamente.
Para começar esse processo, é fundamental elaborar uma boa identidade visual. Entenda como acessando o material gratuito que separamos para você.